NAS AULAS DOS GUERREIROS A GRANDE ESTRELA É O FREVO!

Veja algumas imagens e tire suas próprias conclusões.

UNIÃO ENTRE PASSISTAS, É POSSÍVEL?

OPINIÃO. Fala-se muito da necessidade de ver um dia a tão esperada união entre os passistas de frevo.

A FORÇA DA CAMISA AZUL

Nas aulas do Projeto Frevo na Praça, já foi possível observar que os professores dos Guerreiros do Passo, utilizam nos seus encontros semanais no bairro do Hipódromo...

MAX LEVAY REGISTRA OS GUERREIROS DO PASSO

O pernambucano Max Levay, profissional de reconhecido talento da arte da fotografia, fez um bonito registro dos Guerreiros do Passo no último mês de março. O artista produziu...

FOCO NO APRENDIZADO

Hoje em dia a busca por um melhor condicionamento na arte desenvolvida pelos famosos passistas de frevo, tem levado alguns praticantes a sair por ai pulando de aula em aula...

News - Guerreiros pretendem retornar às atividades abertas ao público ainda este ano/ Este site vai entrar em manutenção.

Perguntaram-me pela ocasião do aniversário dos Guerreiros do Passo: Como é fazer 7 anos de grupo?

Pois bem. Tento responder agora formulando outras indagações a quem possa interessar.

Como se constrói em sete anos um grupo de dança na nossa cidade?
Por quanto tempo se sustenta a existência cultural sem ter o amparo ideal?
Quantos nãos receberemos na suada trajetória sem esmorecer?
Que quantidades de vezes são aceitáveis para aguentarmos as negativas nos editais?
Quantas vezes serão roubadas nossas ideias sem notarmos?
Quantas viagens e excursões desnecessárias faremos para abrandar nossas condições?
Quanto cinismo e incapacidade temos que observar nos gestores sem desanimar?
Quantas panelinhas teremos que fazer parte para sermos indicados?
Quantos políticos safados temos que acolher para que nossa ação não corra risco de acabar?
Quantos sins fingidos notaremos em algumas reuniões em que temos de participar?
Quantos sapos ainda teremos que degustar?
Quantas inimizades nutriremos com a luta e com o trabalho diário?
Quantos amigos serão suficientes para as tristezas suavizar?
Até quando faremos parte de combinações e acordos da boca pra fora sem reclamar?
Quantas hostilidades teremos que enfrentar sem desmoronar?
Quantos invejosos teremos que espantar para o azar não chegar?
Quantas merdas, intrigas e idiotices de alguns babacas temos que ouvir sem nos cansar?
Quantas vezes tenho que escutar: deixa essa porcaria de frevo pra lá e vai procurar o que fazer, sem me importunar?
Quantas lágrimas são necessárias cair neste momento para que eu pare de chorar...?

Guerreiros do Passo é mais do que um grupo, é acima de tudo, obstinação e resistência!
Eduardo Araújo









Um mestre em cada esquina

Depois do falecimento do famoso passista Francisco do Nascimento Filho, um fenômeno de supostos novos mestres da dança do frevo está começando a surgir em Pernambuco.

ARTIGO
Sem o olhar atento do último profissional que era legitimamente considerado um mestre da dança recifense - Nascimento do Passo - está aparecendo atualmente relatos e conversas entre alguns dançarinos, a respeito de passistas e pseudos foliões do nosso carnaval, que estão desejando se transformar, de uma hora pra outra, nos novos possíveis mestres da dança do frevo. O mais estranho disso tudo, é saber que esses autênticos passistas, que apenas há alguns anos deram início à sua trajetória, muitas vezes estimulam o fato e concordam em aceitar a indevida e imérita alcunha.
Imagino como seria a transformação da história de vida de esforçados profissionais de dança, na construção da biografia de um verdadeiro mestre do passo. Será que se faz um pelo certo número de aulas ministradas, apresentações ou por alguns anos pulando nos carnavais de Olinda e Recife? Se for assim, teremos um mestre em cada esquina e todo grupo que se preze terá o seu.
Pergunto-me qual a real necessidade disso. Seria o mais urgente a fazer? Sem avaliar a tolice que estão fazendo, buscam chamar a atenção para uma tênue carreira, sem compreender que nem mesmo os seus colegas mais próximos lhes dão o respaldo necessário para legitimar esta condição. Creio que a atitude seja uma saída para um mercado artístico saturado, em uma região em que os passistas se acotovelam, buscando as luzes mais brilhantes de uma notoriedade tanto desejada, e criando, talvez, um diferencial para se sobressair em meio a tantos iguais.

Não questiono a qualidade de determinados dançarinos que hoje estão espalhados pelo nosso Estado e até fora do país, alguns, com trabalhos reconhecidamente louváveis e suficientemente merecedores de aplausos. Mas, a despeito disso, começarmos a instituir graduações de toda forma para satisfazer desejos pessoais e massagear os egos insatisfeitos de artistas frustrados, é outra história.

Que responsabilidade há, quem, por um excesso de egoísmo propaga informações tão autoelogiáveis? E como ficam àqueles que só há pouco convivem com os prováveis “catedráticos do passo”, e de alguma forma podem ser persuadidos a ampliar o caso? Já pude observar desavisados alunos exaltando alguns dançarinos, cognominando meros instrutores de frevo, de mestre.

Existia uma máxima no discurso nazista que dizia: “uma mentira repetida mil vezes se torna verdade”.

Afirmo que a intenção aqui não é criar polêmica, até porque tenho muitos amigos no meio, entretanto, gostaria que houvesse um esforço de raciocínio por parte dos envolvidos, para estabelecer um diálogo constituído pelo bom senso, numa análise voltada realmente para aspectos importantes do frevo. Não deixando que interesses pessoais desvirtuem uma discussão que poderia abarcar questões muito mais relevantes para o nosso ritmo centenário. Poderíamos iniciar este debate fazendo diversas abordagens, como: a falta de apoio institucional para a dança; a carência de políticas públicas para os passistas; a ausência de engajamento da classe; a injusta relação de certos produtores no trato com alguns grupos. Mas, um ponto em especial venho analisando há um tempo: a constante padronização do passo, fenômeno que tem se proliferado por escolas, grupos e que nada traz de produtivo para o futuro do frevo.

Quando ingressei na Escola Municipal de Frevo do Recife no final de 1997, tive a impressão que estava num ambiente de formação cultural singular, e apesar de saber que todos ali tiveram a mesma base e passaram pelos mesmos ensinamentos contidos no Método Nascimento do Passo, nas exibições individuais, nas “rodas” ou mesmo em apresentações, assinalava-se sempre uma performance única e maravilhosamente imprevisível, numa demonstração de habilidade técnica elevada, proporcionada por uma metodologia que estimulava realmente o dançar autêntico e espontâneo de Pernambuco.

Enquanto isso acontecia na Escola, não era difícil observar na cidade outros diferentes estilos de fazer o passo, e como se tornava comum identificar a procedência de determinados passistas. Quem acompanha a folia pernambucana há pelo menos uns quinze anos sabe o que estou dizendo. Hoje, parece que todos são iguais, não havendo diferença entre os dançarinos de Recife, Olinda ou de qualquer outro lugar - salvo algumas exceções - onde a distinção esteja apenas nas “pintas” realizadas.
Mesmo assim, parece que esses temas não têm despertado a atenção dos novos e ilusórios mestres do passo. Talvez porque eles estejam mais preocupados em ajustar seus currículos e olhar seus umbigos, do que perder tempo com assuntos que não chamam a atenção do público.

O frevo não será melhor ou pior com o estabelecimento intencional de novos doutores da dança, e se houver mestres, que haja por mérito e com a evolução natural de seu ofício e das intervenções significativas que estes, porventura, tenham produzido no decorrer dos anos. Egídio Bezerra, Coruja, Sete Molas e o próprio Mestre Nascimento, não foram criados por reuniões ou por escolhas aleatórias. Tiveram acima de tudo, o reconhecimento da sociedade pelo empenho em difundir sua arte, fazendo dela não só um meio de sustento e enaltecimento pessoal, mas, sobretudo, porque eram trabalhadores incansáveis e artífices fundamentais de sua essência.

Como podemos vislumbrar mestres sem ter acumulado legado e sem discípulos?

Obter reconhecimento custa tempo, prática, e não combina com a maneira que as pessoas atualmente estão acostumadas a pensar. Às vezes, o trabalho de formiguinha - aquele construído através de pequenas descobertas, experiências, erros e acertos do dia a dia - traz muitas alegrias, e ao contrário do que muitos pensam, é extremamente importante para a edificação de uma história cultural nas manifestações populares. O difícil é conhecer quem esteja disposto a esperar. E não adianta querer comparar outros segmentos da cultura tradicional para estabelecer um referencial facilitador que possa estreitar o caminho, e sirva como mote para o almejado e sonhado titulo. Um mestre de frevo deve ser legitimado pelo próprio frevo, e fundamentalmente aceito pela sua classe.

Aqueles que pretensiosamente ambicionam um lugar de destaque na nossa dança, até agora não exteriorizaram com conveniente eloquência as opiniões sobre o ato, e nunca deixaram claro em que ideias se baseiam para aprontar tamanho delírio. Como aconteceria a avaliação, quais critérios, formas e sob qual peso cultural esses indivíduos seriam submetidos? Se isso não acontece, sou forçado a acreditar que desejam assemelhar-se ao mais recente mestre conhecido. E só por isso, já seria uma tremenda insensatez.

Expondo uma nítida carência íntima, o ato de criação dos “neomestres do frevo”, além de não esconder o desejo de alguns quererem ser vistos como artistas acima dos padrões convencionais, também não encobre um possível e descabido interesse financeiro nos planos. De acordo com o próprio Nascimento do Passo, não creio que esta notícia iria lhe despertar maiores entusiasmos. Sua trajetória passou por caminhos muito mais significativos do que simplesmente colher apoio em favor de uma graduação desnecessária e sem a devida estrutura histórica.

No caso dos Guerreiros do Passo, nenhum professor do grupo, mesmo àqueles que tenham se originado nas aulas de Nascimento, não carregam a designação, não a desejam e sentem-se desrespeitados quando o fazem propositalmente.

Lembrando que um dos princípios essenciais no estabelecimento da maestria é o tempo, sugiro aos aspirantes a mestres que continuem trabalhando, deixem de superficialidades, abram mais espaços, ponham a cara com coragem e defendam sua dança, formem multiplicadores, constituam técnicas, unam-se, assimilem conhecimentos, repassem saberes, respeitem seus colegas, sejam criativos, criem/recriem seus métodos. E com isso, quem sabe, daqui uns 30 ou 40 anos, tenham uma posição de destaque nas manifestações populares, e possam, também, ter seu nome registrado na história do frevo pernambucano.

Vivam os verdadeiros Mestres do Passo!


Eduardo Araújo

Guerreiros do Passo estão batendo recorde de participação

MAIS UM SÁBADO DE GRANDE MOVIMENTO NO PROJETO FREVO NA PRAÇA NO HIPÓDROMO.
Vários passistas estiveram presentes para fazer os diversos passos do Frevo neste último sábado, dia 11 de agosto, na belíssima Praça Tertuliano Feitosa na zona norte do Recife. O resultado foi um número de participação expressivo que admirou à todos que compareceram ao lugar. As imagens não negam que o espaço utilizado pelo grupo está se tornando um ponto obrigatório dos apreciadores e profissionais do ritmo. Lembremos que estamos apenas no mês de agosto, e o público apresentado representa uma significativa conquista para aqueles que achavam que o frevo era um produto cultural exclusivo do carnaval.

Guerreiros do Passo mantêm a mesma média de público

Cerca de 27 alunos participaram da oficina realizada pelos Guerreiros do Passo neste sábado, dia 04 de agosto. O Projeto vem mantendo uma boa média de participação durante os encontros, e a expectativa da diretoria é que este número deva se manter até o carnaval.
O Projeto Frevo na Praça é uma ação gratuita, direcionada a todo e qualquer interessado em fazer o passo do Frevo. A iniciativa acontece todos os sábados às 15 horas, na Praça Tertuliano Feitosa, no bairro do Hipódromo - Recife.

Agora é ele, o Frevo

ARTIGO
Passadas as festividades de meio de ano, começamos a nos inteirar dos assuntos referentes ao período mais esperado por foliões e amantes do passo pernambucano: o carnaval. E a nossa cidade tem um aspecto singular e ainda mais especial, é a detentora e responsável por uma dança e uma música feitas particularmente para a grande ocasião.

Agremiações escolhem seus temas, buscam recursos, grupos dão início aos ensaios, escolas inscrevem novos alunos e cursos brotam espalhados pela cidade com oficinas e projetos culturais do ritmo.

Nos seus mais de cem anos de formação, o frevo se consolidou não só como uma manifestação cíclica voltada para o carnaval, mas, sobretudo, se transformou numa identidade cultural representativa de um povo, condensadas em conquistas alimentadas por rebeldias, sofrimentos, alegrias, e na garra de gente que tem correndo nas veias mais do que sangue, coragem!

Seu nome alcançou diversos lugares e territórios, e hoje podemos afirmar que o frevo é uma expressão artística surpreendente, em constante transformação e difundida no mundo todo, graças a artistas que são verdadeiros embaixadores da arte pernambucana fora do Brasil. Destaco dois em especial, que há anos estando na Europa expandem de forma maravilhosa e com profissionalismo admirável o nosso frevo. São eles: o Adriano Rocha, mais conhecido pela denominação de Teco, e Carlos Frevo, com sua Locomotiva que arrasta uma legião de adeptos e apaixonados do ritmo.

Com toda sua história, é difícil acreditar que um componente cultural extremamente rico e monopolizado por diversas esferas do poder público como símbolo maior do lugar, possa sofrer tantas atribulações e dificuldades para continuar existindo. O frevo e seus fazedores não padecem ainda mais, porque deles sobressaem abnegados - muitas vezes chamados de loucos - que fazem de tudo para pôr em prática sua brincadeira, mesmo que lhes custe os poucos recursos disponíveis.

Os obstáculos são tão constrangedores que é preciso às vezes uma campanha para alguns grupos conseguirem apoio. E o ato de mendigar ajuda, chega ao ponto de coisas meramente essenciais, e o que poderia ser elementar para alcançar, transforma-se em um verdadeiro martírio. Sem mencionar outras instituições que vêm carregando há anos seus fardos pesados de incertezas e de dias melhores. Muitas, infelizmente, surgem com os dias contados para extinguir-se.

Por que tantos empecilhos no trato com a nossa cultura? E quais melhorias e benefícios teve o Frevo em se tornar Patrimônio Imaterial?

Fazendo uma comparação com as manifestações de outros Estados, e claro, respeitando suas características e dinâmicas próprias, percebemos do que é nosso vai perdendo cada vez mais de sua hegemonia histórica. No carnaval do Rio de Janeiro, por exemplo, com suas Escolas de Samba grandiosas e atributos exclusivos, não diminuiu em nada seu esplendor durante os anos. E mesmo passando por dramas recentes como incêndios que afetaram os barracões de algumas agremiações, não sofreu qualquer redução de sua estrutura e das verbas disponibilizadas para o evento. Pelo contrário, intensificaram não só o apoio das que foram danificadas, mas, também, ao conjunto das escolas que participam dos grupos Especial e de Acesso. Sem falar no retorno triunfante do carnaval de rua de lá, que a cada ano transforma-se em um fenômeno de crescimento e de participação popular.

O entendimento neste caso sempre foi o de fortalecer os que fazem a festa, sendo importante o incentivo para que sua grandiosidade gere resultados aos olhos do público, e, principalmente, produza renda aos integrantes e impostos ao governo. O saldo é uma folia exibida no mundo todo, valorizada, e com seus administradores satisfeitos por mais um ano de realização.

Passando pela Bahia, vemos que o seu festejo particular com trios elétricos fica mais pulsante ano a ano, e é um orgulho do seu povo e dos artistas, que citam o desenvolvimento do seu carnaval por meio de uma política eficiente de suporte aos que fazem a festa, e de incentivos dados às empresas que patrocinam o evento. Não entro no mérito se é uma folia feita através de cordão de isolamento e tal, pois, exigiria mais tempo aqui para desenvolver o assunto. Porém, uma coisa não podemos negar, o número de participação é incontestável.

Outro modelo de festividade que é um exemplo de exuberância, é o Festival Folclórico de Parintins na Amazônia. Tradição levada a sério, com a devida veneração à cultura popular, transformando a natureza rica daquele lugar em temas exibidos efusivamente em arena pública. Até os patrocinadores mudam as cores de suas marcas para se adequarem respeitosamente aos Bois Caprichoso e Garantido. Claro, há uma jogada de marketing nisso, com a nítida intenção de comercializar produtos tanto para uma torcida quanto para outra. Contudo, a ação não interfere no fenômeno espantoso de popularidade que a cada ano aumenta.

No nosso caso, e segundo algumas informações noticiosas, o Recife não perde em nada quando comparamos as atrações e festejos de outros estados, principalmente porque trazemos de lá, os mesmos artistas vistos nesses mesmos locais. Quando as pessoas viajam e vão conhecer outros lugares, suas festas e comemorações, esperam encontrar autênticas manifestações e a cultura rica do seu povo. Aqui, quando nos visitam, encontram as mesmas apresentações que eles encontrariam em seus próprios lugares de origem. Pode ser até uma programação multicultural, mas, faz tempo que não acrescenta em nada de nossa legítima tradição.

Quem comparece ao Marco Zero, vê uma multidão espremida para assistir as grandes atrações nacionais, pagas pontualmente com recursos vultosos, enquanto os artistas e grupos locais, além de implorar para receber seus míseros cachês em oito ou dez meses depois da festa, testemunham o completo descaso que é dado ao conjunto de nossas corporações carnavalescas.

Por outro lado, a imagem vendida ao público é proporcionalmente inversa a realidade, e quem acompanha os meandros culturais da terra, não concorda com isso, e se assusta com o desaparecimento de troças, clubes e blocos. Muitos deles tradicionalíssimos, e os que ainda sobrevivem, habituaram-se a um cortejo de passarela realizada altas horas da noite, sem repercussão e sem apresentar o mesmo brilho e empolgação de anos passados. Alguns se tornam parasitas, se vendendo a políticos para continuar sobrevivendo. Sem contar que a história carnavalesca por vezes é tão violentada, que as poucas agremiações que saem às ruas, e as novas que hoje nascem, estão modificando-se estruturalmente e perdendo sua denominação de costume. Tudo vira bloco, bloco disso, bloco daquilo, esquecendo-se que os verdadeiros blocos do nosso carnaval são os líricos, sem ter nenhuma semelhança com o termo pejorativo em moda.

Muitas dessas aberrações vão tirando o pouco do que resta de nossa emblemática festa. As orquestras estão sendo substituídas por carros de som e mini trios; os Porta-estandartes trocados por meros carregadores; as fantasias e os temas alegóricos se resumem agora a um simples e grosseiro abadá, e mesmo assim, para serem confeccionados, inserem tantas marcas de patrocínio, que parecem mais uma vestimenta de piloto de Fórmula 1.

Mas isso não importa! O que nossos dirigentes querem é realizar ações direcionadas apenas para chamar a atenção dos grandes palcos principais e fazer-nos esquecer de onde poderia haver um maior investimento. Enquanto isso, os grupos, artistas e agremiações que residem em bairros afastados do grande show, ao mesmo tempo que padecem para continuar sobrevivendo, permanecem sendo ainda focos legítimos de resistência da tradicional e real festa popular pernambucana.

Viva o Frevo!
Eduardo Araújo