NAS AULAS DOS GUERREIROS A GRANDE ESTRELA É O FREVO!

Veja algumas imagens e tire suas próprias conclusões.

UNIÃO ENTRE PASSISTAS, É POSSÍVEL?

OPINIÃO. Fala-se muito da necessidade de ver um dia a tão esperada união entre os passistas de frevo.

A FORÇA DA CAMISA AZUL

Nas aulas do Projeto Frevo na Praça, já foi possível observar que os professores dos Guerreiros do Passo, utilizam nos seus encontros semanais no bairro do Hipódromo...

MAX LEVAY REGISTRA OS GUERREIROS DO PASSO

O pernambucano Max Levay, profissional de reconhecido talento da arte da fotografia, fez um bonito registro dos Guerreiros do Passo no último mês de março. O artista produziu...

FOCO NO APRENDIZADO

Hoje em dia a busca por um melhor condicionamento na arte desenvolvida pelos famosos passistas de frevo, tem levado alguns praticantes a sair por ai pulando de aula em aula...

News - Guerreiros pretendem retornar às atividades abertas ao público ainda este ano/ Este site vai entrar em manutenção.

Australianos caem no frevo com os Guerreiros do Passo

O SÁBADO (17/08) FOI O MOMENTO DE RECEBER ALGUNS AMIGOS DO MUNDO NO PROJETO FREVO NA PRAÇA. 
Os Guerreiros do Passo foram os anfitriões de mais uma tarde especial na Praça do Hipódromo. A animação ficou por conta da presença de alguns integrantes australianos do Friendship Force Perth, organização associada ao Friendship Force International, que realiza integração entre diferentes culturas e países, através de uma rede de conexão de amizades.
Os visitantes contagiaram-se com a energia do lugar e sentiram de perto o ritmo efervescente que agita o povo pernambucano em plena praça pública. Integrou-se ainda ao grupo uma austríaca.
Esta foi a segunda oportunidade que membros de outros países vêm conhecer de perto as atividades dos Guerreiros do Passo no bairro do Hipódromo. A intenção a partir de agora é estimular que eventos semelhantes possam ocorrer durante o ano, tornando o local um ponto obrigatório dos viajantes e turistas que chegam à nossa cidade.
Foi muito bom conhecê-los, voltem sempre! Hooroo!

FOCO NO APRENDIZADO

Exageros no espaço das aulas podem prejudicar o passista
Artigo
Hoje em dia a busca por um melhor condicionamento na arte desenvolvida pelos passistas de frevo, tem levado alguns praticantes a sair por ai pulando de aula em aula, colhendo informações e dicas que porventura possam transformá-los em dançarinos cada vez mais notáveis do ritmo.
Quem acha que com isso vai ampliar seus conhecimentos e torná-los artistas diferenciados, podem estar incorrendo num grande erro. No entanto, a procura constante para o aprimoramento de sua dança não deve ser desestimulada. Uma investigação criteriosa, baseada no contato com profissionais experimentados, pode sim trazer resultados significativos, mas, é preciso ter cautela.
Se partirmos do princípio que escolhemos um determinado estilo e optamos em praticá-lo, devemos focar nessas escolhas e não perder a concentração nos trabalhos. Coletar informações aqui e acolá com a intenção de compor seu repertório coreográfico, sem atentar para características peculiares do ritmo, pode comprometer o treinamento, fazendo o sujeito tropeçar literalmente pelas próprias pernas.

Quando este comportamento é adotado por um dançarino de perfil profissional e com nível elevado, tudo bem! As informações neste caso servirão para constituir elementos que se juntarão à sua bagagem de conhecimentos. Agora, passistas que estão em processo de formação e no berço de suas aptidões, a recomendação é que tenham um olhar atento aos exercícios específicos do momento, e não começar a criar um caldeirão de informações fragmentadas, que podem poluir sua dança, travando seu desempenho e impossibilitando no futuro próximo a concepção de uma identidade artística de caráter próprio. Claro, estão de fora desse contexto, os indivíduos que procuram as aulas apenas como atividade física eventual. Contudo, o assunto aqui é direcionado àqueles que ambicionam um progresso correto e real em termos de aprendizado.

O Projeto desenvolvido pelos Guerreiros do Passo na Praça do Hipódromo, tem nos servido de ferramenta fundamental para apreciações e análises atuais do frevo, e como a nossa dança tem se tornado um produto cada vez mais controverso em torno dos seus fazedores. Lá, além dos integrantes habituais, recebemos igualmente membros de outras instituições culturais, e temos notado aspectos curiosos na maneira como determinados participantes abordam os instrutores do grupo, trazendo muitas vezes questionamentos primários acerca dos movimentos executados. E o grau das dúvidas mostra qual ambiente despreparado eles vieram ou ainda frequentam.

Do mesmo modo, se você deseja desvencilhar-se de amarras e vícios que adquiriu em outros aprendizados, então porque depois de enveredar por esses lugares, retornou ao espaço anteriormente renunciado? Se optar por seguir tal grupo ou instrutor, continue! Se não observar evolução, faça uma autoanálise e veja se é isso mesmo que você quer. Em seguida, mantenha o foco e siga em frente.

Não é saindo por ai fazendo duas ou três aulas de grupos diferentes e dedicando-se a diversos professores ao mesmo tempo, que vai encurtar seu caminho e transformar você num ilustre artista entre seus colegas. Venerar vários deuses pode até funcionar na Grécia Antiga, todavia, no frevo, a coisa é bem diferente.

O problema é que muitos alunos demonstram uma inquietação exagerada, e o afobamento desmedido pode provocar, nessas visitas esporádicas, lesões nas articulações. Sem esquecer que por diversas ocasiões essas aulas são ministradas por instrutores de capacidade duvidosa e com critérios pedagógicos sofríveis, baseando-se em conceitos esdrúxulos, e se utilizando de invencionices inúteis. E não é difícil saber que já aconteceram casos de gente que, adentrando nesses recintos, saíram seriamente machucados.
Não respeitar os estágios de preparação e os diferentes níveis e limites corporais, pode implicar em resultados desastrosos, afinal, tentar mudar a lei da física não é para qualquer um. Por outro lado, esses “professores”, empolgados pelo bajulamento alheio, ficam a teorizar o simples, para convencer aos incultos que tem total domínio da técnica. São os famosos “Mestres de esquina” de que falamos num artigo anterior.

Apesar das poucas opções na cidade, o ideal é buscar um lugar mais propício ao seu gosto, e convencer-se de um com estrutura metodológica apropriada para conquistar seus objetivos. Além disso, é preciso advertir aos passistas e foliões que ficam deslumbrados quando recebem alguns aplausos nas ruas, que baixem um pouquinho sua bola, pois, ninguém pode estar completamente satisfeito com sua dança, ao ponto de achar que já é uma celebridade do passo. As aclamações, sem dúvida, são um incentivo, porém, não devem iludir as cabeças carentes de certos principiantes, fazendo-os sair por ai se sentindo verdadeiros notáveis.
Talvez a vaidade e o oportunismo impeçam que observemos coisas tão simples quanto essenciais no frevo, mas lembrem-se, chegar ao topo requer humildade e dedicação exclusiva, e isso passa muitas vezes por escolhas. E sempre haverá o que aprimorar na dança, e o começo certamente são por boas escolas e profissionais qualificados.
Evoé!