As aulas dos
Guerreiros do Passo durante o ano todo já é um acontecimento que transborda em
alegria e animação. Mas, nessa época que antecede o carnaval, o espaço utilizado
pelo grupo na Praça do Hipódromo fica anda mais exuberante pela
forte participação dos passistas e amantes do nosso ritmo maior. Nas quartas e
nos sábados, o frevo se torna a grande estrela do lugar, e nesse período ela fica
ainda mais intensa e brilhante. Veja algumas imagens desse último sábado (21/01/2017) e tire suas próprias conclusões.
NAS AULAS DOS GUERREIROS A GRANDE ESTRELA É O FREVO!
Veja algumas imagens e tire suas próprias conclusões.
UNIÃO ENTRE PASSISTAS, É POSSÍVEL?
OPINIÃO. Fala-se muito da necessidade de ver um dia a tão esperada união entre os passistas de frevo.
A FORÇA DA CAMISA AZUL
Nas aulas do Projeto Frevo na Praça, já foi possível observar que os professores dos Guerreiros do Passo, utilizam nos seus encontros semanais no bairro do Hipódromo...
MAX LEVAY REGISTRA OS GUERREIROS DO PASSO
O pernambucano Max Levay, profissional de reconhecido talento da arte da fotografia, fez um bonito registro dos Guerreiros do Passo no último mês de março. O artista produziu...
FOCO NO APRENDIZADO
Hoje em dia a busca por um melhor condicionamento na arte desenvolvida pelos famosos passistas de frevo, tem levado alguns praticantes a sair por ai pulando de aula em aula...
TV Jornal grava reportagem com os Guerreiros do Passo numa noite repleta de passistas e foliões na Praça do Hipódromo
Quem participou nesta última
quarta (18/01) da aula dos Guerreiros do Passo no bairro do Hipódromo pôde comprovar de
perto o fenômeno de público que o Projeto Frevo na Praça vem proporcionando nesses
quase 12 anos de sua fundação. Uma verdadeira festa do povo e do ritmo pernambucano
que contamina qualquer pessoa ou curioso que esteja passando pelo local. A TV
Jornal/SBT fez uma reportagem das atividades do grupo na ocasião, e registrou a
animação contagiante proporcionada pelos bravos de Guerreiros.
Artistas pernabucanos fazem o convite para o público cair no frevo com os Guerreiros do Passo
Dois artistas
consagrados da música pernambucana e de talento admiráveis, conclamam os foliões a fazerem parte das aulas de dança do Projeto Frevo na Praça, ação cultural realizada pelo grupo Guerreiros do
Passo no bairro do Hipódromo, Recife. O músico e instrumentista Cesar Michiles e o grande compositor Jota
Michiles, autor de diversos clássicos do carnaval gravados na voz de Alceu Valença, entram
no time de personalidades que recomendam as atividades do grupo. Pai e filho
juntos pelo frevo e pelos Guerreiros do Passo!
Evoé!
União entre passistas, é possível?
Opinião.
Foto: Rafaela Cristina.
Fala-se muito da necessidade de ver um dia a tão esperada união entre os passistas de frevo, e que seria até um sonho para alguns assistir a este momento raro na cultura da cidade. Profissionais e amantes do ritmo estando unidos e defendendo em conjunto o seu universo artístico. Seria provável isso acontecer num breve espaço de tempo?
União deve acontecer através do estimulo dado aos passistas para seguirem em diversas direções e possibilidades, buscando infinitos resultados. Respeitando as singularidades, as diferenças, os gostos, os gestos e opiniões, porém, sem nunca aceitar a mediocridade como forma de atuação.
Foto: Rafaela Cristina.
Fala-se muito da necessidade de ver um dia a tão esperada união entre os passistas de frevo, e que seria até um sonho para alguns assistir a este momento raro na cultura da cidade. Profissionais e amantes do ritmo estando unidos e defendendo em conjunto o seu universo artístico. Seria provável isso acontecer num breve espaço de tempo?
É
possível enxergar de fato união entre os dançarinos do gênero quando ainda
podemos vê-los emudecidos e inertes ao serem tratados como meros acessórios de
adorno nas apresentações, explorados e monopolizados por diversas esferas do
poder público, sem receber uma contrapartida justa pelo seu esforço e
dedicação?
Será que união significa ir para a mesma festa, dançar juntos, vestir a mesma cor de roupa e se expor sorridente em várias “selfies”? União seria ainda, que todos aceitassem fulano ou sicrano como unanimidades, e que eles deveriam ser escolhidos como os mais novos Mestres do Frevo? Seria isso a coisa mais bem sacada e inteligente já realizada na dança pernambucana, transformar por carência pessoal ou por interesses escusos um instrutor ou passista em mestre popular? Ou seria puro oportunismo?
Será que união significa ir para a mesma festa, dançar juntos, vestir a mesma cor de roupa e se expor sorridente em várias “selfies”? União seria ainda, que todos aceitassem fulano ou sicrano como unanimidades, e que eles deveriam ser escolhidos como os mais novos Mestres do Frevo? Seria isso a coisa mais bem sacada e inteligente já realizada na dança pernambucana, transformar por carência pessoal ou por interesses escusos um instrutor ou passista em mestre popular? Ou seria puro oportunismo?
União
é concordar que “o meu frevo é melhor do que o seu”? Que minha opinião e a
minha coreografia são as mais modernas, e como tal, devem ser consideradas como
as coisas mais criativas e inovadoras já vistas na terra? Ou quem sabe, que
aquele espetáculo tão comentado já é ultrapassado e obra de gente velha e
saudosista? Passistas que não dão mais de três carpados seguidos não poderão
também ser julgados como tal?
União
é repudiar expressões como “Chega de pinta”, insinuando homofobia, quando se
queria apenas discutir a técnica do passista dentro do seu ambiente
profissional? Críticas
negativas e maldosas também são sinais do desejo de união?
Por outro lado, quem
espera debater seriamente o seu universo artístico com falas substanciais e sem
hipocrisia pode ser visto como um chato e desagregador do ritmo?
Pois bem, parece que para que a união aconteça, teríamos que demolir barreiras, entraves mentais, comportamentos egoístas e até preconceitos, baixando a bola de alguns pavões que se acham os verdadeiros “deuses do Olimpo”.
Pois bem, parece que para que a união aconteça, teríamos que demolir barreiras, entraves mentais, comportamentos egoístas e até preconceitos, baixando a bola de alguns pavões que se acham os verdadeiros “deuses do Olimpo”.
Acredito
que quem sugere união não tem qualquer comprometimento com o objetivo exposto,
nem hoje, e nem num passado recente, quiçá distante! Me digam uma coisa, união
ocorreu quando o Mestre Nascimento do Passo estava à míngua, doente, tendo
sofrido três AVCs, e estando abandonado pelos seus mais fiéis discípulos?
Alguns deles, inclusive, tendo incriminado-o na justiça sem ter provas e por
influências de outrem. União
existiu quando o próprio mestre estava precisando de mantimentos básicos e de
higiene pessoal, e muitos se negaram a ajudá-lo, e até mesmo a visitá-lo, nem
que fosse para abrandar seu sofrimento? Com a exceção, claro, na época, de
alguns poucos seguidores que tiveram a hombridade de fornecer o apoio
necessário.
Para
quem não sabe, grande parte dos passistas de frevo é extremamente
individualista e egocentrista, e falo isso não no sentido do movimento e da
técnica em dança, mas, do comportamento e ambição profissionais. Diversos deles, por exemplo, entram
em grupos e companhias com a intenção apenas de passar um período e depois
buscam novas oportunidades em outros espaços. Nada contra, claro, no entanto,
existem certos principiantes que têm verdadeira obsessão por aparecer
mais do que os seus colegas e por uma ideia fixa de se destacar como "bailarino" conceitual o mais rápido possível.
Outros, participam aqui e acolá de oficinas e "workshops", e logo em seguida, já se transformam em "professores com bagagem e experiência de profissionais capacitados", negligenciando etapas e deixando de lado valores e compromissos que caracterizam o trabalho em grupo que tanto traz contribuição para o frevo. Apoiar esses comportamentos é reflexo de quem deseja união no frevo? São exemplos como estes que enchemos o peito para cobrar união entre os passistas?
Outros, participam aqui e acolá de oficinas e "workshops", e logo em seguida, já se transformam em "professores com bagagem e experiência de profissionais capacitados", negligenciando etapas e deixando de lado valores e compromissos que caracterizam o trabalho em grupo que tanto traz contribuição para o frevo. Apoiar esses comportamentos é reflexo de quem deseja união no frevo? São exemplos como estes que enchemos o peito para cobrar união entre os passistas?
União
não quer dizer estar colado, coexistindo em ambientes iguais ou com estilos
semelhantes, mas, refere-se a um conjunto de falas, ideias e pensamentos
comuns, com posicionamentos práticos e equivalentes a posturas sérias e íntegras pela valorização da classe, evitando discutir asneiras, fofocas e bobagens sem tamanho, diminuindo também o exibicionismo barato ao se jogar na frente
de uma câmera de televisão, buscando a todo custo chamar a atenção, e tentando mostrar que é o passista mais talentoso, sem ao
menos ter assimilado conceitos elementares desta dança.
Cabe
a nós, detentores, professores, foliões, carnavalescos e amantes do frevo,
lutarmos por menos vaidade e mais respeito. Batalhar para a criação de espaços dignos de
atuação, resistindo com afinco para mantermos nossos trabalhos, projetos, e
auxiliar aqueles que mais precisam dos nossos ensinamentos e apoio técnico.
Sendo valorizados, sem que para isso, tenhamos que vender a nossa honra ao
bajular esta ou aquela instituição, este ou aquele representante público de
qualquer esfera. Nem tão pouco querer ser aquilo que não somos.
Poderíamos
falar de união entre os passistas, ao promover discussões honestas sobre as
metodologias e técnicas existentes no frevo, percorrendo caminhos possíveis para o
fortalecimento desta arte, e não apenas para colocar no altar esse ou aquele
dançarino "presunçoso", ou ainda, salvaguardar num museu aquilo que
chama mais atenção da mídia, em detrimento daquilo que realmente precisa ser
salvo e deve ser referenciado. Promover iniciativas comprometidas e de
responsabilidade, visando as novas gerações de pernambucanos que herdarão o
legado de riquezas artísticas e culturais. Cobrando ações efetivas dos poderes
públicos, e não fazendo média com políticos com a intenção de angariar algum
privilégio ou cargo comissionado na gestão do partido.
União deve acontecer através do estimulo dado aos passistas para seguirem em diversas direções e possibilidades, buscando infinitos resultados. Respeitando as singularidades, as diferenças, os gostos, os gestos e opiniões, porém, sem nunca aceitar a mediocridade como forma de atuação.
Nós
dos Guerreiros do Passo, nos colocamos sempre à disposição para debater
qualquer questão e temática sobre a dança do frevo. Nossa intenção é, e sempre
foi, pensar, avaliar e validar o ritmo dentro de uma esfera artística, e,
principalmente, política, porque acreditamos que o frevo não é oba-oba, mera
brincadeira ou carnaval somente; é preciso pensar em ações que visem sua estada
enquanto produto artístico-cultural, seus meios de produção, divulgação e
ressignificação do seu patrimônio artístico imaterial. Fomentando mecanismos de
sobrevivência dos seus reais fazedores, não só passistas, mas, todo e qualquer
segmento que atue nessa ramificação da cultura pernambucana. Procurar
exaltar o passado e a história dos seus precursores, conservando nos dias de
hoje e para o futuro, a luta que inspira e mantém acessa a luz de sua
existência.
Viva
o frevo!
Eduardo Araújo
Radialista, fundador e coordenador dos Guerreiros do PassoAs imagens do retorno dos Guerreiros do Passo em 2017
O primeiro encontro
do Projeto Frevo na Praça de 2017 dos Guerreiros do Passo, levou mais uma vez
um grande público para o espaço de aulas do grupo no bairro do Hipódromo. Ainda
na ocasião, os participantes do projeto tiveram a oportunidade de receber a
ilustre visita do Maestro Ademir Araújo, o grande Maestro Formiga, que trouxe
uma fala inspiradora e digna de um verdadeiro Mestre do frevo pernambucano.
Vai começar!
O inicio da nova
temporada do frevo com os Guerreiros do Passo irá acontecer neste sábado, dia
07 de janeiro, no bairro do Hipódromo, Recife. Será mais um período de preparação visando as prévias e eventos
carnavalescos de 2017, e uma excelente oportunidade para deixar o espírito e corpo afinados para a grande festa momesca que se aproxima.
Todos os sábados e quartas o grupo estará à disposição para levar muita descontração, alegria, e claro, muito frevo no pé a todo interessado que deseja participar da maior festa popular do ritmo. Tudo de graça e sem restrições, todos podem fazer parte. O endereço e os horários das aulas são: Praça Tertuliano Feitosa, Rua Fonseca Oliveira S/N, Hipódromo, Recife, nos sábados às 15 horas e quartas às 19 horas.
Todos os sábados e quartas o grupo estará à disposição para levar muita descontração, alegria, e claro, muito frevo no pé a todo interessado que deseja participar da maior festa popular do ritmo. Tudo de graça e sem restrições, todos podem fazer parte. O endereço e os horários das aulas são: Praça Tertuliano Feitosa, Rua Fonseca Oliveira S/N, Hipódromo, Recife, nos sábados às 15 horas e quartas às 19 horas.