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Cadê o Concurso carnavalesco do Recife?

É minha gente... Parece que não vamos ter realmente o Concurso de Música para o carnaval de 2013. Esta gestão prova de todas as formas o que sempre denunciamos aqui e nas redes sociais. Um verdadeiro desrespeito ao nosso frevo, praticado por um partido que foi um terror para o carnaval do Recife.
Procuro agora aqueles babões que sempre defenderam esta gestão, dizendo que era o melhor governo que a nossa cultura pôde ter. E agora? No momento em que estão indo embora, pouco se preocupam com o legado que estão deixando. E lembre-se que este Concurso é um dever respaldado por uma lei municipal, o que este ano eles não irão cumprir. Acredito que o Ministério Público deveria se pronunciar sobre isso.

As ações e os pseudos apoios dessa prefeitura ao principal ritmo pernambucano, são uma marca desbotada de vermelho, que só serviu para enganar os bestas e iludidos, porque nós, foliões e carnavalescos de verdade, nunca ficamos deslumbrados com essa “papagaiada” disfarçada de Multicultural que valoriza mais os artistas “nacionais” do que os da nossa região. 
Eduardo Araújo

4 comentários:

  1. Comecei minha carreira de compositor num concurso (à época se chamava Recifrevo) patrocinado pela Prefeitura do Recife, por força de sua existência legal, como bem lembra o Eduardo). Em 1994, classifiquei para as semi-finais um frevo de bloco chamado Saudade de Olinda. Durante mais alguns anos continuei participando e cheguei a obter dois segundos lugares (Sol na Moleira e Pimenta no Pé - frevos-canção) e um primeiro lugar com o maracatu Estrela do Poço. Sinceramente, hoje não vejo mesmo o menor sentido na sua continuidade, até porque nunca houve uma divulgação massiva das músicas premiadas, a não ser na Rádio Universitária que, convenhamos tem uma penetração ridícula, se comparada às emissoras comerciais líderes de audiência, e que jamais divulgam o frevo ou outra qualquer manifestação cultural de raiz, a não ser que o artista ou compositor contribua com o famoso jabá. Em resumo, perde tempo quem pensa que o festival ainda influencia ou estimula o exercício da criatividade dos nossos compositores. Para mim, já foi tarde, mesmo ! Ao povo, resta fazer o seu carnaval e esquecer o carnaval "oficial", politizado, "apropriado" e aparelhado pelas autoridades de plantão que fazem dele o uso que bem entendem.

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  2. "Talvez seja este um dos indícios da nossa música não mais fazer o devido sucesso. Ninguém sabe, ninguém escuta e como ninguém conhece, quão folião desavisado irá gostar ou perpetuá-lo às novas gerações? Resultado: um carnaval sem identidade, dependente dos lançamentos descartáveis de produtores nacionais, descomprometidos com a cultura do povo, preocupados unicamente com os ganhos, e a transformar, com o beneplácito dos dirigentes locais, uma festa de cortejos e de participação popular, em folia estática de palco."
    Lamentavél...

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  3. Aliás, o que eu penso sobre a "carnavalização política" e a opção fácil dos interessados apenas no dinheiro e não na verdadeira ebulição cultural dos ritmos de Pernambuco está aqui: http://www.seteinstrumentos.com/2012/02/no-chao-ou-no-telao.html
    Pensando bem, quem não quiser se chocar com o que eu penso, nem acesse o link. Porque, de revolta em revolta, eu já não tenho mais bom humor pra lidar com esse assunto. Recolho-me à minha insignificância, como a gente dizia antigamente !

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  4. Concordo com suas palavras amigo Fred. Transcrevi no meu comentário anterior, um trecho de outro texto de minha autoria que mencionava sobre o mesmo assunto. O título é: "O enfraquecimento dos Concursos carnavalescos do Recife", disponível aqui no blog.
    Tudo que o amigo escreveu concordo plenamente.

    Abraços,
    Eduardo Araújo

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