NAS AULAS DOS GUERREIROS A GRANDE ESTRELA É O FREVO!

Veja algumas imagens e tire suas próprias conclusões.

UNIÃO ENTRE PASSISTAS, É POSSÍVEL?

OPINIÃO. Fala-se muito da necessidade de ver um dia a tão esperada união entre os passistas de frevo.

A FORÇA DA CAMISA AZUL

Nas aulas do Projeto Frevo na Praça, já foi possível observar que os professores dos Guerreiros do Passo, utilizam nos seus encontros semanais no bairro do Hipódromo...

MAX LEVAY REGISTRA OS GUERREIROS DO PASSO

O pernambucano Max Levay, profissional de reconhecido talento da arte da fotografia, fez um bonito registro dos Guerreiros do Passo no último mês de março. O artista produziu...

FOCO NO APRENDIZADO

Hoje em dia a busca por um melhor condicionamento na arte desenvolvida pelos famosos passistas de frevo, tem levado alguns praticantes a sair por ai pulando de aula em aula...

News - Guerreiros pretendem retornar às atividades abertas ao público ainda este ano/ Este site vai entrar em manutenção.

O fim do carnaval do Recife

Quando algumas pessoas começarem a ler este texto, e isso influenciadas pelo título um tanto quanto trágico, podem pensar que tal escrito foi concebido apenas para chamar a atenção dos leitores menos interessados. Muito deles nem imaginam que o fim do carnaval do Recife é uma triste e cruel realidade dos nossos dias.

A cada ano que passa, não consigo me distanciar da ideia de que a Prefeitura do Recife quer extinguir as agremiações de bairro. Ou, se não o fizer, talvez, quem sabe, enfraquecê-las paulatinamente. Não aceito a desculpa esfarrapada que, "devido à crise, este ano as coisas estão difíceis." NÃO! Já passamos por dias piores, e o processo de degradação das entidades carnavalescas é cada vez mais evidente.
Não nego o teor provocador dos meus textos, porém, não tenho a intenção de vibrar negativamente para a concretização de fatos lamentáveis como este, entretanto, penso unicamente em alertar para que algo seja feito urgentemente. Que as mentes "brilhantes" dessa terra de altos coqueiros possam fazer algo enquanto há tempo. 

Os meus amigos historiadores sabem muito bem que o grande carnaval do Recife começava nos arrabaldes onde residia as agremiações mais tradicionais, e de lá eram arrastadas para as ruas principais do centro. Ali, transitavam por vielas, becos e calçamentos estreitos, entidades e espetáculos humanos que hoje na lembrança transformaram-se em  corpos consagrados envelhecidos de saudade. Muitos deles, envolvidos por uma euforia musical revolucionária, todos em gestos largos e braços abertos, festejando a alegria de viver e de ser feliz. O tempo passou...

Atualmente, o carnaval de rua das agremiações representa apenas espaço para a promoção de desfiles inapreciáveis numa tacanha passarela na época momesca, que nada traduz dos cortejos triunfais de outrora, berços genuínos do nosso ritmo. Apresentam-se para um público mitigado, com muitas das agremiações compostas de integrantes visivelmente desmotivados, alguns tomados pelo álcool e diversos deles apressados em finalizar a peleja e retornar para a sua casa.  
Sem a ajuda devida e reféns de uma política devastadora das nossas manifestações, não podemos ver outra saída, a não ser o fim em breve.
Precisamos criar mecanismos de incentivo permanentes para as troças e clubes sobreviverem. Que as agremiações possam viabilizar recursos na iniciativa privada com o aval dos governos, e isso através de renúncia fiscal e sem burocracia. Ou quem sabe, com financiamento direto oriundo de um edital criado especificamente para esta área cultural. Fica aqui a sugestão para os responsáveis pelo Funcultura.

Enquanto isso não acontece, diversas agremiações tradicionais do Recife, instituições que são o nascedouro da nossa autêntica folia, e o ambiente que antes fez surgir grandes passistas, músicos e artistas dos mais variados talentos, hoje em dia, vivem sem força, recursos e sem qualquer apoio financeiro, morrendo aos olhos de quem pode e nada quer fazer. Vassourinhas e Lenhadores estão na inanição. Outras praticamente estão em decadência completa, como é o caso de Prato Misterioso, Toureiros em Folia, Cachorro do Homem do miúdo, e tantas outras. Das vezes quando saem às ruas, nem de longe demonstram a pujança que fazia o Recife tremer. Nas eleições, elas ressurgem nas intenções de quem quer usurpar um pouco do que ainda resta do seu valor simbólico, com representantes comunitários cada vez mais cooptados e influenciados a usar a agremiação a seu bel prazer, transformando-as em palanques eleitoreiros de políticos safados.
E neste contexto desolador, incluo também a situação da Troça Carnavalesca Mista O Indecente, agremiação fundada pelos Guerreiros do Passo no bairro do Hipódromo há 16 anos, e que não desfila há dois. E essa não foi a única lacuna na história da troça, houve outras.

A maior dor e tristeza para um carnavalesco, é não poder ver a sua folia se realizar, folia essa feita não exclusivamente para o seu prazer, mas, para a comunidade, para o povo. É uma vocação que alguns abnegados carregam em sua vida e permanecem fiéis. Já nasceram assim.
Fica a pergunta... Aquele processo todo para transformar o frevo em Patrimônio Imaterial do Brasil e da Humanidade, serviu de quê? Finalizou com as obras do Paço do Frevo? Querem que aceitemos a idealização de um Museu como o único fruto que simbolize todo o esforço implementado? Estamos longe disso! Se até as insígnias maiores das agremiações (estandartes), foram colocadas no chão, imagine como o negócio foi tratado.

O que fazer? Transformar-nos-emos numa filial do carnaval show da Bahia? Perdão, creio que já somos, veja o Galo da Madrugada, tem mais trios elétricos num dia de carnaval do que na cidade de Salvador. Potência sonora que não abre concorrência para nenhum carnaval pedestre, sendo uma disputa desleal para as orquestras de chão. Uma descaracterização criminosa contra agremiações que são as responsáveis pela divulgação, entre o povo das obras de compositores consagrados de Pernambuco.

Creio que ninguém da gestão atual ou das anteriores queira ser responsabilizado por tudo que vem acontecendo, e que as críticas possam ser vazias e partidárias. Absolutamente! Quem escreve aqui, é quem lida diariamente com esta arte, e não aceita que o assunto seja debatido como crítica infundada. E coisas escabrosas ainda precisam ser ditas. Usurpação da imagem dos artistas é uma das mais graves, atrasos de pagamentos; desvalorização de músicos e passistas; apadrinhamentos políticos; comissões e comitês culturais à serviços pessoais, e gente sem a mínima competência e comprometimento com o frevo, envolvidas em secretarias e gerências de cultura. Muitos recebendo status de profissionais "preocupados" com as manifestações populares, no entanto, o esforço maior é para manter seus privilégios e cargos comissionados, intermediados pelo prestígio de “amizades influentes”. 
Tudo gira em torno do desrespeito, do mais fácil, do lucrativo, da força das grandes cervejarias, e isso somente para alguns privilegiados. Os dirigentes e as famílias ligadas as agremiações centenárias estão envelhecidos e cansados, sem energia para continuar lutando. Se não houver a devida ajuda, será inevitável o fim!

Recife, 22 de janeiro de 2016.
Eduardo Araújo
Radialista, fundador e coordenador dos Guerreiros do Passo 

MAIS UM GRANDE PÚBLICO

Guerreiros do Passo arrastam novamente mais uma grande quantidade de passistas para a sua aula de quarta. (20/01/2016). Foi uma festa do frevo!!!

Sábado animado na praça

Tarde de festa em mais um encontro dos Guerreiros do Passo. O grupo transformou a Praça do Hipódromo neste sábado (16/01), num clima de prévia carnavalesca.

Ótima participação de público no primeiro encontro do ano do grupo Guerreiros do Passo

Os passistas tomaram conta do espaço principal da Praça do Hipódromo nesta última quarta-feira (13/01) no primeiro encontro do Projeto Frevo na Praça de 2016. Cerca de 50 alunos estiveram presentes na ocasião, transformando a aula do grupo num momento único de aprendizado do frevo e de muita descontração. Vela algumas imagens.

Os riscos dos cursos instantâneos de frevo

Publicado em 13 de janeiro de 2016.
Nessa época de prévias e a poucos dias da grande festa momesca, podemos perceber que são anunciados diversos cursos e oficinas de dança espalhados por diferentes espaços na cidade. Muita gente se inscreve e participa esperando conseguir aprender o passo para fazer bonito durante os dias dedicados a momo. E eles, na maioria das vezes, empolgados pelos “amigos” e pelo fervor da expectativa pelos festejos que se aproximam, participam de cursos rápidos que prometem resultados instantâneos e verdadeiros milagres em transformar simples foliões e indivíduos sem histórico de atividade física, em fortes concorrentes a sofrer uma lesão transitória ou até definitiva. Submeter sua estrutura corporal a movimentos e exercícios de grande impacto não é brincadeira e exige responsabilidade de quem faz e de quem organiza essas oficinas. Não é difícil saber que aqui e acolá, já apareceram passistas lesionados pelos treinamentos, principalmente, quando eles são estimulados a realizar movimentos acrobáticos e agachamentos complexos da dança.

A recomendação é ter cautela, e que procurem informações preliminares sobre os instrutores e sobre as suas experiências na formação profissional. Na vida nada é fácil, e com o frevo não poderia ser diferente. Procurem escolas com metodologia e ambientes que lidam com o ritmo o ano todo. Grupos e artistas que têm reconhecimento na cidade e que apresentem um trabalho continuado de formação de passistas. Caso contrário, o que seria motivo para cair na folia com alegria e entusiasmo, pode virar frustração e tristeza.

“O problema é que muitos alunos demonstram uma inquietação exagerada, e o afobamento desmedido, pode provocar nessas visitas esporádicas, lesões nas articulações, com aulas ministradas muitas vezes por instrutores de capacidade duvidosa, com critérios pedagógicos sofríveis, aliado a conceitos esdrúxulos e invencionismos inúteis.” (Trecho extraído do texto FOCO NO APRENDIZADO publicado neste site).

Outro erro comum, é que depois das aulas desse período, as pessoas esquecem completamente o treinamento, e já que as atividades nesses ambientes de atividades ora relatados, não tem prosseguimento, o negócio é esperar até as próximas prévias para, novamente, fazer as oficinas temporárias e arriscar a obter um problema grave. Procedimento NÃO recomendado!

Você não precisa ser um atleta do frevo para fazer bonito no carnaval. Dedicação é a palavra chave. Pratique frevo não apenas nessa época, mas durante o ano inteiro. Aos poucos será possível compreender que, com uma rotina apropriada, junto ao auxílio de professores qualificados, você poderá conseguir sucesso e começar a notar os primeiros resultados que certamente serão surpreendentes. FICA A DICA!!!

Eduardo Araújo

Guerreiros na Manhã de Sol do Bloco da Saudade

Guerreiros do Passo levantam o público em mais um encontro do grupo na Manhã de Sol do Bloco da Saudade
Quem foi, teve a oportunidade de assistir mais uma demonstração do frevo autêntico das ruas do Recife, adaptado para o salão de uma agremiação de pau e corda. Estamos falando do Bloco da Saudade, que promoveu neste domingo, dia 10 de janeiro, sua tradicional Manhã de Sol, realizado no Clube da AABB, no bairro das Graças. Ainda na exibição dos Guerreiros do Passo, os foliões não aguentaram esperar finalizar a apresentação, e prontamente invadiram o salão em busca de sentir de perto a energia vibrante que emanava do grupo. Veja algumas fotos.