Quando chegamos nesta
época do ano, fazemos reflexões sobre aquele que foi um dos maiores, e podemos
até dizer, o principal responsável por tentar colocar a dança do frevo no
patamar de respeito que o ritmo merece desfrutar. Não apenas neste dia 28 de
dezembro (data de seu aniversário), mas, durante o ano todo exaltamos o Mestre
NASCIMENTO DO PASSO e todo o trabalho que ele construiu e estabeleceu na
história do frevo. Esse é um dever do grupo Guerreiros do Passo em nome de tudo
aquilo que ele nos ensinou e da luta cotidiana que travamos pelos ideais que
ele acreditou. Todas as nossas ações sempre terão a marca da sua história e
daquilo que aprendemos na fonte dos seus conhecimentos.
Por outro lado, é curioso perceber
que muitos dos passistas que hoje em dia atuam na cidade, se não tiveram aula
diretamente com o Mestre, de alguma forma, receberam influência dele ou foi aluno
dos seus alunos, e nem assim, vislumbramos algum tipo de referência
significativa em seu nome, e quando o fazem, colocam-no sempre entre outros
artistas do passado, mesmo que nunca tenham tido contato ou aprendido qualquer
coisa com esses outros.
São raríssimos os atos de agradecimento e de trabalhos referendados em sua lembrança. Dois que merecem os nossos respeitos são Otávio Bastos e Antonio Nóbrega, pois o passista e o muitiartista nunca deixaram de exaltar a importância e a riqueza cultural do Mestre para as suas vidas profissionais.
São raríssimos os atos de agradecimento e de trabalhos referendados em sua lembrança. Dois que merecem os nossos respeitos são Otávio Bastos e Antonio Nóbrega, pois o passista e o muitiartista nunca deixaram de exaltar a importância e a riqueza cultural do Mestre para as suas vidas profissionais.
Em âmbito governamental, absolutamente nada é feito em sua memória. Neste caso,
sabemos que grande parte disso, advém de uma política de desvalorização
promovida por um partido político que esteve no poder há alguns anos no Recife.
E mesmo que essa patota de imbecis já tenha saído do governo municipal, ficaram
resquícios de sua atuação na cultura da cidade. Até um museu que foi criado em
homenagem ao ritmo, o nome do mestre e sua história, são coisas praticamente
inexistentes lá, quase imperceptíveis! Um verdadeiro crime contra um dos
maiores propagadores e divulgadores do frevo pernambucano no Brasil e até no
exterior!
Posso afirmar com
toda certeza que a hegemonia e o sucesso que o frevo e seus artistas
desfrutam atualmente, foi possível graças às ações que Nascimento empreendeu na
sua vida e de sua dedicação para tirar a dança do frevo da discriminação e da
impopularidade nas décadas de 70 e 80 do século XX. E o que fizeram com sua
história?
Na verdade, isso tudo
representa uma espécie de punição que alguns hipócritas impuseram a este
artista amazonense, que fez mais do que muitos que nasceram aqui, e que além de
tentar destruir sua imagem, ao contrário dele, não representam absolutamente
nada para o frevo.
Bem, fica aqui o
registro desses fatos lamentáveis com o intuito de não esquecê-los em defesa de
sua memória, porém, fica também, a alegria de ter aprendido muito e de ter
recebido a honrosa oportunidade de conviver por um tempo na terra com ele,
contemplando a obra e a vida de uma das maiores e mais importantes expressões
da dança, do frevo e da cultura popular brasileira. Salve o Mestre Nascimento
do Passo!
Eduardo
Araújo
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