Nossos festejos não são
mais como antes, estão se transformando nos carnavais modernos, estáticos, de
palco. Nas cidades afora não se vê mais aquela festa tradicional e não menos deliciosa
de se brincar, de se deleitar com tantas simbologias clássicas do nosso povo nordestino.
Todos são convocados para a Praça principal, com indivíduos atraídos a centros
públicos de shows para ver bandas que se assemelham com verdadeiros espetáculos
sensuais e apelativos. Claro, existem algumas exceções e focos resistentes, e é
preciso louvar essas iniciativas.
Nos subúrbios, não se
pode mais apreciar os arraiais que eram erguidos para a comunidade festejar,
muitos, calabouços festivos de namoros e romances eternos. Alguns ainda guardam as lembranças de um
tempo recente, de brilho, de alegria. Hoje, mantêm apenas as sedes de quadrilhas
que atualmente só são produzidas por disputa, concursos. Muitas delas se
parecem mais com alegorias de qualquer escola de samba, e não me admiro que
mais tarde tenham suas alas e carros característicos. E observem que sou um
folião de carnaval, mas não gostaria de ver os ciclos se misturarem, com uma intenção
de transformar as tradições em pretexto de lucros e de fazer números de participação
popular para levantamentos políticos.
Podem até me chamar de conservador e ultrapassado, apesar de manter ainda na mente as lembranças de um São João de menino, vivo entre meus pensamentos, e que afirmo ser contemporâneo e atual. Quem pode dizer que o amor é ultrapassado? Ele é tão antigo quanto os festejos da humanidade e não cai de moda mesmo com os progressos do homem.
Podem até me chamar de conservador e ultrapassado, apesar de manter ainda na mente as lembranças de um São João de menino, vivo entre meus pensamentos, e que afirmo ser contemporâneo e atual. Quem pode dizer que o amor é ultrapassado? Ele é tão antigo quanto os festejos da humanidade e não cai de moda mesmo com os progressos do homem.
Já se pode ouvir falar atualmente
na organização de diversas reuniões de amigos em ruas, garagens ou em quintais para
formar seus grupos matutos e arrasta-pés descontraídos. Será que todos estes
são saudosistas? Ou só querem novamente fazer voltar e sentir uma festa realmente
de participação popular e autêntica? Talvez seja uma resposta as excrescentes
modificações que foram impostas à cultura da região.
Sou simpatizante do
período junino nos moldes que aprendi ser legítimo, e creio que não seja apenas
meu, mas seu, de Pernambuco, do Brasil. Viva o mês de junho, viva São João e São
Pedro, nem que seja simplesmente na mente.
Eduardo Araújo
Eduardo Araújo
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