Um fenômeno que começa a tomar a
mídia de maneira avassaladora. E é apenas o começo. A coisa vai dominar o país,
pode acreditar. Talvez um desdobramento urbano daquilo que deveríamos ter
cuidado aqui. Ficamos presos aos discursos dos pseudos defensores do frevo que
não fizeram absolutamente nada a favor da dança e da música, e o povo deliberou
como soube. A matéria diz que 900 mil reais foram movimentados nas disputas, e AQUI, a terra de nascimento do Frevo, É PAGA UMA MISÉRIA aos campeões do Concurso de Passistas. Mesmo com a moda da expressão Salvaguarda do Frevo, ficou provado que nesses anos todos não salvamos e nem guardamos porcaria nenhuma.
Não sou contra ao passinho
e nem desaprovo, inclusive acho bastante interessante, como também os diversos
movimentos realizados e a habilidade dos seus executores. Gostaria que isso acontecesse
aqui, fosse uma criação daqui, pertencesse aos nossos dançarinos. Que eles
tivessem a mesma criatividade ao invés de conversas bobas de limpeza de passos,
de querer inserir movimentos do balé clássico na dança, e mais recentemente, estimulassem
a disputa besta de Peitação do Frevo. Mais uma vez seremos engolidos pelo que
vem de fora, mas com uma diferença, por uma aberração cultural daquilo que não
cuidamos.
Eduardo Araújo