A lei do Frevo vai entrar em
vigor. O evento para oficializar o ato foi realizado nesta terça-feira (09/04)
pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio.
Eu seria um dos maiores
entusiastas desse acontecimento, caso não ocorresse dessa forma. Mas, não
consigo sequer ter um sopro de alegria. Por que será? Mais uma Lei como tantas
outras vai suplantar um descaso tradicional cometido pelos dirigentes
municipais contra o nosso ritmo principal?
Querem fazer como acontece com as cotas da
Universidade? Não há educação de qualidade para todos, ai, cria-se uma lei para
facilitar a entrada dos estudantes carentes nos cursos. Não existem
políticas públicas adequadas para o frevo, ai força-se sua execução através de
normas e leis?
A trajetória dos
fazedores do frevo é demasiadamente penosa e cansativa. Passa-se por muitas
dificuldades, e mesmo assim, não se tem sequer a esperança de melhoria do
pensamento daqueles que sugam sua energia e propagam suas imagens como se
fosse os reflexos de uma nação multicultural, onde tudo e todos são valorizados,
num paraíso cultural surreal e extraordinário. O esforço por tanta dedicação a
uma arte poderia ao menos ser recompensada com um mínimo de seriedade. O povo
realmente tem memória curta!
Eduardo Araújo
Querido Eduardo, Eu não sei exatamente o teor da lei, mas me parece que estabelecer um percentual de tempo para que os ritmos de frevo sejam tocados/ouvidos nas rádios vá ajudar na propagação e valorização do frevo música e indiretamente a dança. Pois não podemos gostar de algo que não estamos familiarizados e passamos a gostar daquilo que convivemos. Eu pessoalmente não ouço rádio, mas sei que muita gente ouve, e as novas gerações estão muito expostas a ritmos internacionais... Maria Goretti Rocha
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